agosto 13, 2009

Morre o Ninguem

Vi Zé nascer e morrer castigado, pois passará um mal. não soube nem como foi se perde num alpendre que se conhece nem a tumba de ser. Pois o danado na tocaia Fuxicou e rangeu os dentes como cachorro raivoso. Não tardo, até que ele avançou, e com um sopapo na venta do pobre Zé ninguém. Que caiu partido, estropiado, acoitado, mordido, açoitado. Varrido, como terreiro de casa de engenho.
Era ele o lixo fim de entulho ajuntado; por dor que era o que ele mais sabia sentir, naquele momento, mas que ele até gostava de ser coçado com cerqueiro de arame. Desse que eles acumulavam gados e (vazia) agente cuidar, e, ver dá tanta comida pra gado e ver o prato do meu filho pardo, (vazio) que num tem o que comer. Porque é de barriga rangida que caio na água fria ou no soar e ventania; a que venho trabalhar. Pode derramar canivete desse céu pardo de estrela salpicada, que não me acanho.
Podem dizer o que quiserem, mas aquilo do alpendre do Amalio era que coisa combinada, contida entre gente de lá mermo, nunca fui de entrar por essas historias não, mas até que tava me além brando. Que quando tive por susto, um encontro com o coronel felino, ele estava a prosear com mais alguém, mas esse alguém eu não pude ver. Mas ouvi. Ele dizer que o serviço estava marcado era só o coronel dizer que horas que o Zé ninguém ia aparecer lá no alpendre.
Não sei por que eles decidiram no alpendre, talvez quisessem fingir um assalto Mas não levaram nem um vintém, nem um fiapo de fumo. Agora que tipo de serviço que o coronel felino ia ter assim pra dá, e logo com o Zé ninguém envolvido. O que morreu.
Orar pro acoitado ninguém agora todo mundo faz. Mas agüentar os sarrafos que dele fizeram, o mundo todo se faz de mudo, surdo e até cego. Porque o Serfins tava lá na hora que sapupearão o ninguém Zé, e ele se acometeu de uma cegueira triste, que foi uma epidemia por todo alpendre durante os vinte e cinco minutos de surra e uma vida à morte. E a do Zé.
Morre o ninguém, e tudo mundo se coça, caçoa, cuxixa feito rama de levandeira que quando chega fim de feira sai feito um tufão levando do chão o que por lá ficou. Os padres se danaro a amarrar mal - que num sei que Mal é esse que vive só preso, deixa o mal cantar sozinho pra ver se cala. E fica na língua do bom o verbo que fala.

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