junho 25, 2009

Escrever... Escrever... Escrever... Inspiração falta na ação que falha, e perdem o sentido aguçado da compreensão futura. Deixar livre as formas intencionais não é ter intenção alguma, Sem intenção o ato é morto de esperança, o rigor é menor ainda e a ignorância do que venha ser é tudo de mais palpável. Ignorar é o verbo seco da vanguarda que breve será nova forma convencional; logo haverá ignorância competente a falhar, intencionalmente, a forma nova de incompreensão.

Escrever... Escrever... Escrever... Os incompreendidos que escutem porem não ousem entender as linhas da falsa inspiração, pois navegarão à loucura ou morrerão secos de intenção. O que se bebe é desleixo literário e embriago disto. Não à Gertrude, não à limeira, não Manuel nem bandeira da literatura. Deixai à insana forma seguir por livre escolha, esquadrinhado novas armas de papel que pesam.

Escrever... Escrever... Escrever... Remontar é preciso, e viver... Não ao niilismo, mas a isto o júbilo canta encostado na cerejeira dos jardins de Techkov. Amado será deus ou Mozart, sonhando ou não, soníferas sonoras sinfonias sondam surdos incompreendidos.

junho 06, 2009

lua nua, crua madrugada

Naquele momento ela parou, olhou e foi embora Como manteiga derretendo entre as nuvens, bailando o drible mais perfeito; Só o sumo viscoso, amarelo incandescente, melando as sinuosas montanhas, como pães: satisfazendo um desejo carnal. Lamentou a despedida e deixou que a brisa tragasse os pulmões como lágrimas lastimando a matina. Os carros sopravam com sabor amargo; café. Pois é forte a luz vibrante que nos olhos ardem, não mais palmeiras, pálpebras, orvalhada e delirantes. Nem o sumo da mais bela despedida, nem tal luz por que canta o sabiá. Em rasas rimas do canto a dor que vejo é peito, braços, nuca... Crânios... Não mais expoentes... Embriagados, amanteigados e fritos ao calor dos dias.

junho 04, 2009

Refazendo o escrito percebe-se um caminho sinuoso,
onde a clareza pode ser trabalhada
qual uma película de cinema
que busca um objetivo real, mas há filtros.
O estilo é um filtro; ideias vinculadas a realidade
que se relativiza com atentos leitores.