junho 06, 2009

lua nua, crua madrugada

Naquele momento ela parou, olhou e foi embora Como manteiga derretendo entre as nuvens, bailando o drible mais perfeito; Só o sumo viscoso, amarelo incandescente, melando as sinuosas montanhas, como pães: satisfazendo um desejo carnal. Lamentou a despedida e deixou que a brisa tragasse os pulmões como lágrimas lastimando a matina. Os carros sopravam com sabor amargo; café. Pois é forte a luz vibrante que nos olhos ardem, não mais palmeiras, pálpebras, orvalhada e delirantes. Nem o sumo da mais bela despedida, nem tal luz por que canta o sabiá. Em rasas rimas do canto a dor que vejo é peito, braços, nuca... Crânios... Não mais expoentes... Embriagados, amanteigados e fritos ao calor dos dias.

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